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3º Tour do Milho Copasul Nova Andradina reportagem

Tour do Milho revela opções de manejo e cultivos de safrinha em Nova Andradina

14, Jul de 2023
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Nesta sexta-feira, dia 14, a unidade Copasul de Nova Andradina realizou a terceira edição do Tour do Milho na Fazenda Terra Morena, propriedade do cooperado Araripe Pereira. O evento reuniu cerca de 160 participantes, entre agricultores cooperados, técnicos e especialistas do setor, que tiveram a oportunidade de conhecer 15 híbridos de milho e receber orientações sobre o manejo adequado de pragas e doenças, visando aprimorar a produção de milho e sorgo na região.

A escolha da Fazenda Terra Morena para sediar o encontro safrinha da Copasul se destaca como um exemplo de construção de ambiente de produção. A propriedade, que passou por um período de arrendamento de seis anos, enfrentou desafios relacionados à fertilidade do solo e buscou auxílio técnico da Copasul para superá-los.

João Pedro Romagnoli, gerente da Fazenda Terra Morena, falou sobre o trabalho realizado na propriedade. "No início, encontramos dificuldades devido à falta de correção e fertilidade do solo. Iniciamos o processo de correção nas áreas com as menores médias, onde enfrentávamos maiores dificuldades até mesmo para formar lavouras. Hoje, já estamos com metade da fazenda trabalhando o perfil do solo", explicou Romagnoli.

Com a implementação de técnicas como a calagem, fosfatagem, correção dos níveis de potássio e descompactação do solo, aliadas ao uso de plantas de cobertura como braquiária, aveia, milheto, trigo mourisco e nabo, a Fazenda Terra Morena obteve resultados satisfatórios. Romagnoli mencionou que as produtividades alcançaram médias acima de 80 a 85 sacos de soja por hectare, chegando a 95 sacos em alguns talhões.

Durante o evento, os participantes puderam comparar 15 diferentes materiais de milho apresentados pelas empresas participantes, o que foi destacado pelo cooperado Hiury Emílio Izzo, do Sítio Santana e Beira Rio, em Nova Andradina. "Aqui é a realidade, não foram preparados canteiros para mostrar materiais perfeitos. Podemos comparar os materiais das mesmas empresas e fazer escolhas mais adequadas para nossas lavouras", ressaltou Izzo.

MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS DE MILHO E SORGO

Além das apresentações dos híbridos de milho, o evento contou com a palestra do renomado agrônomo e consultor André Aguirre, especialista em fertilidade de solo e nutrição de plantas. Durante sua apresentação, Aguirre enfatizou a importância do monitoramento constante das lavouras para identificar e combater as doenças que podem afetar a produção de milho.

Aguirre resumiu suas considerações finais sobre o manejo de pragas e doenças do milho, ressaltando que não existe mais uma boa probabilidade de quais doenças podem ocorrer em cada ambiente, por isso é necessário monitorar e vistoriar lavouras mais velhas, principalmente. Depois, comentou que é muito importante manter contato com os técnicos  que atuam nas regiões e reforçou que deve-se fazer a programação de fungicida, mas sempre acompanhar se é necessário antecipar ou retardar. 

Em seguida, Aguirre fez uma lista de considerações finais da parte da apresentação que diz respeito ao sorgo. Em primeiro lugar, o especialista disse que o sorgo foi a cultura que mais se renovou nos últimos cinco anos. Ele também lembrou que o sorgo é altamente responsivo a tecnologia, principalmente a adubação, nutrição foliar e solos de melhor fertilidade. Por fim, enfatizou que a combinação de época de plantio, genética, adubação e população de plantas são as maneiras mais assertivas de se obter ótimas produtividades. 

Apesar dos desafios enfrentados pelo setor agrícola, como os baixos preços dos produtos, Aguirre enfatizou a importância de investir em produtos de qualidade e insumos adequados para obter o máximo potencial produtivo. "É essencial pensar cuidadosamente na compra dos insumos, garantindo o máximo aproveitamento dos defensivos utilizados", acrescentou o consultor.

“Hoje eu percebi que às vezes a gente pensa muito em adubação. Um ano você quer fazer uma irrigação, outro ano você quer uma adubação… mas é todo um conjunto. Ele explicou para a gente e deixou bem claro que é uma construção da planta. Então é isso que eu levo hoje para casa. [...] Não podemos deixar de cuidar da lavoura. Devemos produzir mais com menos, mas cada vez cuidando mais. Não podemos abandonar”, complementou o cooperado Hiury Izzo.