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Uma reportagem especial da Embrapa Soja trouxe pontos marcantes da história de como o Brasil se tornou de importador do grão na década de 1970 a principal produtor mundial. Segundo o 10º levantamento da safra 2022/23 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil manteve sua posição como líder mundial na produção de soja na safra 2022/23, com mais de 150 milhões de toneladas produzidas.
O país deve fechar a safra 2022/23 com uma área de superior a 44 milhões de hectares, um aumento de 6,2% em relação à safra anterior, uma produtividade de 3,5 toneladas por hectare, aumento de 15,9% sobre 2021/22 e uma colheita total de 154,5 milhões de toneladas, crescimento de 23,1%. Dentro desta produção, Mato Grosso do Sul conta com uma área plantada de 3,7 milhões de hectares, 6,2% maior que a anterior, além de uma evolução de 48,1% na produtividade, chegando às 3,7 toneladas por hectare, e uma colheita total estimada em 14 milhões de toneladas, 57,3% maior que a da safra 2021/22, que sofreu com intempéries. Com a confirmação dos números, MS será o 4º maior estado produtor do Brasil, atrás de Mato Grosso, em 1º, com 45,6 milhões de toneladas, Paraná, em 2º, com 22,3 milhões de toneladas, e Goiás, em 3º, com 17,7 milhões de toneladas, ainda à frente do Rio Grande do Sul, que deve ficar em 5º, com 13 milhões de toneladas produzidas.
Conforme diz a reportagem, o sucesso é resultado de investimentos em pesquisa desde os anos 1970, em conjunto com o empreendedorismo dos agricultores.
“Como integrante de uma cadeia produtiva bastante robusta e organizada, a Embrapa Soja vem liderando redes de pesquisa para geração de soluções sustentáveis para incrementar a produção da soja, reduzir os custos de produção, aumentar a renda dos produtores e colaborar com práticas que favoreçam a agricultura de baixo carbono. “Entendemos que nossa contribuição ao agronegócio da soja coloca a Embrapa como referência mundial no desenvolvimento de tecnologias para a cultura em regiões tropicais”, avalia o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno. “Todo o esforço em tropicalizar esta cultura permitiu ao Brasil deixar de ser importador do grão, na década de 1970, para se tornar o maior produtor e exportador de soja no mundo. Isso tudo respaldado em ciência e inovação”, comemora Nepomuceno.
Levantamento da Embrapa Soja indica que a cultura da soja foi a que mais cresceu no Brasil nas últimas cinco décadas, tanto que de 1973 até 2023, a produção aumentou mais de 1000% sendo que a área em pouco mais de 400%, demonstrando o aumento de produtividade. “Podemos afirmar que o incremento contínuo da produtividade da soja por hectare é baseado em ciência e tecnologia, permitindo que os produtores adotem as melhores tecnologias na produção agrícola brasileira. O Brasil consegue, assim, produzir mais em menos espaço e com bastante eficiência”, destaca Nepomuceno. Atualmente a soja é cultivada em 20 estados e no Distrito Federal e os principais estados produtores são: Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. Grande parte da produção brasileira é exportada para a Ásia (com destaque para a China) e Europa, entre outras regiões do planeta”, diz a reportagem.
Além de lançar cultivares “tropicalizadas” (as variedades lançadas pela Embrapa somam 440 produtos diferentes), as pesquisas também auxiliam na otimização dos recursos. “Outra contribuição ao sistema produtivo da soja foi a inoculação com bactérias fixadoras de N (rizóbios). Essa solução propicia uma economia anual estimada em R$ 72,7 bilhões por safra, ao dispensar o uso de adubos nitrogenados. Em 2014, a Embrapa Soja identificou outra bactéria benéfica que estimula o crescimento da soja (Azospirillum). A associação dessas bactérias resulta em ganhos de produtividade da ordem de 16%, por ano. A fixação biológica de nitrogênio utilizada na cultura da soja também permite redução de emissão de gases de efeito estufa. [...] A adoção do Manejo Integrado de Insetos (MIP-Soja) permite reduzir o uso de inseticidas na lavoura em 50%, garantindo maior lucratividade ao sojicultor, além de maior preservação ambiental.”, consta ainda na reportagem.
Em depoimento à reportagem o pesquisador José de Barros França Neto lembrou também que o uso de sementes de alto vigor promove ganhos de produtividade superior a 9% em comparação com o uso de sementes de baixa qualidade.
O artigo destaca a utilização de novas tecnologias que fazem parte do futuro do cultivo da oleaginosa, lembrando que a Embrapa Soja atualmente direciona suas pesquisas em quatro eixos: Genética Avançada, Bioinsumos, Soja Baixo Carbono e Agricultura Digital. A pesquisa em edição de genomas permitiu o desenvolvimento de características desejáveis nas plantas.
A soja é uma cultura essencial para a alimentação humana e animal, sendo a principal fonte de proteína de qualidade no mundo. Além disso, tem diversos usos não convencionais, como na produção de biocombustível e produtos terapêuticos, aponta ainda o texto.
Acesse aqui a reportagem completa contando os detalhes que fez o Brasil se consolidar como o maior produtor mundial de soja:
+ Brasil lidera e é referência no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para produção de soja