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Reportagem especial da Embrapa conta linha do tempo que transformou Brasil em maior produtor mundial de soja

Reportagem mostra como Brasil se tornou como maior produtor mundial de soja

07, Ago de 2023
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Uma reportagem especial da Embrapa Soja trouxe pontos marcantes da história de como o Brasil se tornou de importador do grão na década de 1970 a principal produtor mundial. Segundo o 10º levantamento da safra 2022/23 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil manteve sua posição como líder mundial na produção de soja na safra 2022/23, com mais de 150 milhões de toneladas produzidas. 

O país deve fechar a safra 2022/23 com uma área de superior a 44 milhões de hectares, um aumento de 6,2% em relação à safra anterior, uma produtividade de 3,5 toneladas por hectare, aumento de 15,9% sobre 2021/22 e uma colheita total de 154,5 milhões de toneladas, crescimento de 23,1%. Dentro desta produção, Mato Grosso do Sul conta com uma área plantada de 3,7 milhões de hectares, 6,2% maior que a anterior, além de uma evolução de 48,1% na produtividade, chegando às 3,7 toneladas por hectare, e uma colheita total estimada em 14 milhões de toneladas, 57,3% maior que a da safra 2021/22, que sofreu com intempéries. Com a confirmação dos números, MS será o 4º maior estado produtor do Brasil, atrás de Mato Grosso, em 1º, com 45,6 milhões de toneladas, Paraná, em 2º, com 22,3 milhões de toneladas, e Goiás, em 3º, com 17,7 milhões de toneladas, ainda à frente do Rio Grande do Sul, que deve ficar em 5º, com 13 milhões de toneladas produzidas. 

Conforme diz a reportagem, o sucesso é resultado de investimentos em pesquisa desde os anos 1970, em conjunto com o empreendedorismo dos agricultores. 

Como integrante de uma cadeia produtiva bastante robusta e organizada, a Embrapa Soja vem liderando redes de pesquisa para geração de soluções sustentáveis para incrementar a produção da soja, reduzir os custos de produção, aumentar a renda dos produtores e colaborar com práticas que favoreçam a agricultura de baixo carbono. “Entendemos que nossa contribuição ao agronegócio da soja coloca a Embrapa como referência mundial no desenvolvimento de tecnologias para a cultura em regiões tropicais”, avalia o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno. “Todo o esforço em tropicalizar esta cultura permitiu ao Brasil deixar de ser importador do grão, na década de 1970, para se tornar o maior produtor e exportador de soja no mundo. Isso tudo respaldado em ciência e inovação”, comemora Nepomuceno.

Levantamento da Embrapa Soja indica que a cultura da soja foi a que mais cresceu no Brasil nas últimas cinco décadas, tanto que de 1973 até 2023, a produção aumentou mais de 1000% sendo que a área em pouco mais de 400%, demonstrando o aumento de produtividade. “Podemos afirmar que o incremento contínuo da produtividade da soja por hectare é baseado em ciência e tecnologia, permitindo que os produtores adotem as melhores tecnologias na produção agrícola brasileira. O Brasil consegue, assim, produzir mais em menos espaço e com bastante eficiência”, destaca Nepomuceno. Atualmente a soja é cultivada em 20 estados e no Distrito Federal e os principais estados produtores são: Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. Grande parte da produção brasileira é exportada para a Ásia (com destaque para a China) e Europa, entre outras regiões do planeta”, diz a reportagem. 

Além de lançar cultivares “tropicalizadas” (as variedades lançadas pela Embrapa somam 440 produtos diferentes), as pesquisas também auxiliam na otimização dos recursos. “Outra contribuição ao sistema produtivo da soja foi a inoculação com bactérias fixadoras de N (rizóbios). Essa solução propicia uma economia anual estimada em R$ 72,7 bilhões por safra, ao dispensar o uso de adubos nitrogenados. Em 2014, a Embrapa Soja identificou outra bactéria benéfica que estimula o crescimento da soja (Azospirillum). A associação dessas bactérias resulta em ganhos de produtividade da ordem de 16%, por ano. A fixação biológica de nitrogênio utilizada na cultura da soja também permite redução de emissão de gases de efeito estufa. [...] A adoção do Manejo Integrado de Insetos (MIP-Soja) permite reduzir o uso de inseticidas na lavoura em 50%, garantindo maior lucratividade ao sojicultor, além de maior preservação ambiental.”, consta ainda na reportagem. 

Em depoimento à reportagem o pesquisador José de Barros França Neto lembrou também que o uso de sementes de alto vigor promove ganhos de produtividade superior a 9% em comparação com o uso de sementes de baixa qualidade. 

O artigo destaca a utilização de novas tecnologias que fazem parte do futuro do cultivo da oleaginosa, lembrando que a Embrapa Soja atualmente direciona suas pesquisas em quatro eixos: Genética Avançada, Bioinsumos, Soja Baixo Carbono e Agricultura Digital. A pesquisa em edição de genomas permitiu o desenvolvimento de características desejáveis nas plantas.

A soja é uma cultura essencial para a alimentação humana e animal, sendo a principal fonte de proteína de qualidade no mundo. Além disso, tem diversos usos não convencionais, como na produção de biocombustível e produtos terapêuticos, aponta ainda o texto. 

Acesse aqui a reportagem completa contando os detalhes que fez o Brasil se consolidar como o maior produtor mundial de soja:

+ Brasil lidera e é referência no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para produção de soja