Preço do milho pode seguir baixo em 2015

07, Jan de 2015

O Brasil encerra o ano com estoques elevados de milho, em torno de 15 milhões de toneladas. A informação é da consultoria FCStone, que projeta uma redução das lavouras de milho nos próximos anos.

A possibilidade de uma safra reduzida em 2015 e os leilões de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), realizados pelo governo no segundo semestre, têm sustentando os preços do grão, que estão com tendência de alta desde setembro de 2014. Porém se a projeção de baixa demanda se confirmar, os preços podem cair no futuro.

Segundo a consultoria, no mercado externo a demanda deve ser menor. E regiões produtoras de milho, como a centro-oeste, que tem preço elevado para exportação, não serão competitivas. Isso porque o preço praticado no mercado externo está 7% mais baixo se comparado ao mesmo período do ano passado. Portanto, a demanda internacional deve continuar sendo abastecida pelos Estados Unidos que teve safra recorde do último ano.

Para o diretor de inteligência de mercado da FC Stone, Thadeu Silva, o grande desafio a partir de agora é o que fazer com o  milho que sobrou, a demanda doméstica é forte, mas não o suficiente para absorver  esse volume de grãos. Há ainda a preocupação com a capacidade de armazenamento, com a chegada da primeira safra de 2015.

Para o analista de mercado, Paulo Molinari, o câmbio tem salvado os preços em reais no mercado interno brasileiro desde o segundo semestre de 2014. Sem o câmbio, os preços seriam ruins e o preço do dólar deve seguir como ponto de equilíbrio no mercado interno.

Fonte: Uagro