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Pesquisadores da UFPR apresentam projeto sobre a Hidrovia Paraguai a produtores rurais de MS

25, Nov de 2014
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Estudar a viabilidade técnica, econômica e ambiental da otimização do uso da hidrovia do Rio Paraguai. Este é o objetivo do projeto desenvolvido pelos pesquisadores do ITTI -  Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura, da UFPR - Universidade Federal do Paraná,  apresentado nesta segunda-feira (24) a produtores rurais e representantes de entidades e empresas privadas ligadas ao agronegócio, na sede da Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS. A Copasul esteve presente representada pelos colaboradores do setor comercial, Thiago Ferracini Silvestrin e Henrique Cabreira Neto.

"Estamos aqui para ouvir as demandas dos produtores e demais operadores do agronegócio e assim conhecer o interesse que estes players do agribusiness  têm na necessidade de melhorias da hidrovia", ressaltou o professor Ruy Alberto Zibetti, responsável pela área jurídica e de relações institucionais do ITTI. Segundo o pesquisador, a hidrovia do rio Paraguai é uma das que oferece as melhores condições de navegação no país.

Além do professor Zibetti, participam do encontro com o setor produtivo na Famasul, o especialista na área de planejamento e economia dos transportes, José Geraldo Maderna Leite, o coordenador do MBA em Gerência de Sistemas Logísticos, professor José Eduardo Pécora Júnior e o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico, professor Marcelo Curado.

O trabalho do ITTI foi solicitado pelo DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura e Logística e pretende ampliar o transporte de cargas pela hidrovia, melhorando o fluxo rodoviário em Mato Grosso do Sul. Para o coordenador técnico da Aprosoja/MS - Associação dos Produtores de Soja, Lucas Galvan, a hidrovia pode ser uma ferramenta para otimizar o transporte logístico do Estado. "Esta é uma oportunidade para aumentar a competitividade dos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, barateando o frete dos insumos que entram no estado e auxiliando para que atinjamos outros mercados", ressalta Galvan. 

A equipe do ITTI é formada por biólogos, engenheiros civis e ambientais, entre outros profissionais. A hidrovia do rio Paraguai é uma das que oferece as melhores condições de navegação no país. Vai de Cáceres, em Mato Grosso, até Nova Palmira, no Uruguai. São 3.442 quilômetros que servem Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, dos quais 1.270 km ficam em território brasileiro.

De acordo com dados da Ahipar - Administração da Hidrovia do Paraguai, mais de 6 milhões de toneladas de cargas são transportadas pela hidrovia anualmente, sendo escoados principalmente minério de ferro e manganês.

Viabilidade econômica - Três pontos foram citados como benefícios na intensificação do uso da hidrovia Paraguai pelos especialistas do instituto. O primeiro é a integração da utilização do rio, com outros meios de transportes como rodovia e ferrovia. O segundo é o uso das embarcações com a importação de produtos. "Pelo menos 95% do fluxo da hidrovia é usado com o embarque de minério de ferros para outro país. Mas as embarcações retornam ao Brasil vazias, esse é um fator que pode ser mudado, trazendo produtos importados dos países vizinhos, barateando o frete", ressalta, Curado.

O terceiro ponto abrange a economia financeira e o impacto ambiental do uso da hidrovia. "Os dados da CNT - Confederação Nacional dos Transportes revelam que enquanto o sistema rodoviário consome 15,4 litros de combustíveis para transportar uma tonelada por mil quilômetros, o sistema de navegação utiliza 4,1 litros", exemplifica Curado.