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Os desafios da gestão e os caminhos da sucessão familiar

12, Set de 2017
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Matéria publicada na Revista Copasul. Confira a nossa edição online clicando aqui: Revista

  O crescimento e sucesso de qualquer investimento passam por dois desafios: a gestão e a sucessão, e no meio rural, isso não é diferente. Na Fazenda Quiterói, que fica cerca de 25km de Anaurilândia (MS), uma família de cooperados da Copasul está mostrando que o amor pela terra pode unir diferentes gerações e ser a base para um sistema de gestão sólido. 

  A mãe, Lígia Franciscon Ricardo, o pai Eduardo e o filho Murilo, atuam ativamente na propriedade e de alguns anos para cá, com foco na melhoria da gestão, mudaram a postura para conseguir extrair o máximo possível da terra. “Hoje é muito difícil crescer horizontalmente, que seria adquirir mais terras, portanto, nós resolvemos verticalizar, e para isso, intensificamos a pecuária e iniciamos na agricultura, que, apesar de exigir mais investimento, oferece uma rentabilidade mais significativa. Foi um meio de expandir nosso crescimento vertical, já que a nossa terra não pode ficar ociosa”, conta D. Lígia, que assim como o marido e o filho, é engenheira agrônoma. Eles também são pais de Maria Patrícia, nutricionista e João Pedro, que está estudando agronomia.

    A família, que tem a pecuária no sangue há gerações e é estreante na agricultura, buscou suporte na irrigação para resultados mais satisfatórios. São cerca de 1000 alqueires, 3 mil cabeças de gado e aproximadamente 130 hectares com agricultura, com 2 pivôs instalados e projeção para a instalação de mais dois. A nova postura já trouxe melhorias comprovadas na pecuária. “Nós temos comparado o nosso peso de desmame convencional e intensificado. O resultado mostra um acréscimo de uma arroba quando foi desmamar. Um boi mais precoce e mais pesado. Apesar de ser mais caro intensificar no início, ao longo de cinco ou dez anos, o resultado é melhor”, explica Murilo.

Desafios

   Ver diferentes gerações falando a mesma língua, é algo não muito fácil de se encontrar. Mas nessa família, o diálogo entre pais e filho são prioritários e permitem que a sucessão já esteja na 5º geração. “Acredito que o maior desafio no campo hoje, seja a gestão, e dentro dela a sucessão. A meu ver, pra nós, pais, ela é mais fácil do que para eles, filhos. É muito mais intenso e desafiador para os filhos incorporarem a nossa realidade e mostrar para nós a capacidade que tem. Mas para que isso aconteça temos que buscar um equilíbrio, saber a hora de ceder, cobrar e motivar. O que motiva ou o que induz a sucessão é você mostrar o seu amor e a importância daquilo que você faz desde cedo. Só assim a sucessão fica um pouco mais sólida. ”, disse Lígia que também é Presidente do Sindicato Rural de Anaurilândia. Esse equilíbrio também é a chave do sucesso para Murilo. “O diálogo é fundamental e o entendimento tem que ser mútuo. A geração dos meus pais está numa etapa de evitar correr riscos e eu me coloco aqui como um gás que oxigena o sistema.   Quando meus pais estavam passando por essa sucessão com meu avô, acredito que eles também deram uma oxigenação. São épocas diferentes, mas ambas desafiadoras. Essa oxigenação das gerações faz com que se mantenha o equilíbrio. E essa harmonia tem que acontecer até para buscar informação. Meu pai não aguenta mais sentar numa aula e assistir uma palestra. Eu participo e depois faço um resumo para ele”.

  Um detalhe importante e, com certeza, diferencial nessa família, é o fato de morar na fazenda. “Tem uma coisa que eu falo, lá na fazenda do fulano dá certo? Então na nossa tem que dar também. Porque nós temos um diferencial, nós moramos na fazenda. Não temos casa na cidade, moramos aqui e somos apaixonados por isso. Se tem algum lugar que dá certo, buscamos essa tecnologia para cá. Claro que temos que trabalhar muito e gostar do que estamos fazendo, sem isso, não dá certo”, disse Eduardo.

Relacionamento com a Copasul 

   “Na minha essência eu tenho cooperativismo, porque meu pai foi o fundador e presidente de uma Cooperativa no Norte do Paraná, e eu tenho uma herança familiar de cooperativismo. Como tínhamos a vontade de entrar na agricultura e o interesse na irrigação, facilitou essa proximidade. Nós percebemos na Copasul a essência do que é Cooperativismo, que é muito difícil você perceber em outras empresas. Quando nós fomos em busca de expansão, a mesma coisa que apresentamos para a Copasul o que apresentamos para outras cooperativas, então coube à Copasul perceber o potencial da região e acreditar. Agora vemos que ela acreditou na região e acho muito gostoso fazer parte desta história”, finaliza Lígia Fraciscon Ricardo.

 

Família Franciscon Ricardo com o Gerente da Unidade Nova Andradina, Alberto Vivian, em área de irrigação da Fazenda.