MS deve produzir 11,2 mi de t de milho 2ª safra; colheita passa dos 16% no estado

03, Ago de 2023

A edição mais recente do Boletim Casa Rural para a Agricultura, produzido pelo Sistema Famasul e publicado em 1º de agosto, trouxe atualizações das condições das lavouras de milho segunda safra 2022/2023, progresso de colheita e comercialização, além de tendências climáticas.

De acordo com o boletim, a projeção aponta para um aumento de 5,4% da área plantada do milho safrinha em relação ao ciclo anterior (2021/2022), totalizando 2,325 milhões de hectares. A produtividade está estimada em 80,33 sacas por hectare, o que deve resultar em uma expectativa de produção de 11,2 milhões de toneladas. 

De acordo com a publicação, a maioria das lavouras analisadas está em boas condições. De acordo com os dados, 91,6% das lavouras em Mato Grosso do Sul estão classificadas como "boas", enquanto 7,1% são consideradas "regulares" e 1,3% são classificadas como "ruins". Analisando os números por região, as únicas cujas condições boas estão abaixo de 93% são a região sudoeste de MS (81% das lavouras boas, 14% regulares, 5% ruins) e Sul (78% boas, 19% regulares e 3% ruins). 

Segundo o informativo, a colheita do milho está ocorrendo em ritmo lento no estado e a expectativa é que o pico ocorra a partir do dia 4 de agosto. Nesse período, grande parte da produção estará em estágio avançado de maturação, e os agricultores estarão atentos às condições climáticas para garantir uma colheita eficiente. Por hora, com dados levantados até 28/07, a área colhida acompanhada pelo Projeto SIGA-MS chegou a 16,2%. “A região centro está com a colheita mais avançada, com média de 19%, enquanto a região norte está com 18,5% e a região sul com 14,9% de média. A área colhida até o momento, conforme estimativa do Projeto SIGA-MS, é de aproximadamente 376.650 hectares”, diz o boletim. 

CLIMA

Conforme consta no informe, na maior parte de MS as chuvas variam entre 200 a 300 mm em MS no período ASO, que compreende o trimestre de Agosto-Setembro-Outubro. Contudo, algumas regiões possuem características específicas. Por exemplo, na região sul, a precipitação oscila de 300 a 400 mm no período e, no noroeste e nordeste, entre 100 a 200 mm. “Para o trimestre ASO, indicam que as chuvas ficarão dentro em grande parte do estado e ligeiramente acima da média histórica no extremo sul do estado”, diz o boletim publicado no início de agosto. 

Com relação à previsão para ocorrência de El Niño Oscilação Sul (ENOS), o modelo analisado pelo Sistema Famasul indica 96% de probabilidade para o fenômeno. “O El Niño é considerado um fenômeno de aquecimento das águas superficiais do Pacífico, e possui uma condição menos previsível para o estado. Porém, a tendência geral é de aumento das chuvas e padrões de temperaturas mais elevados. Vale destacar que não é apenas esta forçante climática que determina as condições gerais do clima”, pondera o relatório.

Faça o download da publicação na íntegra pelo link abaixo, com mais informações detalhadas das condições das lavouras por região e informações mercadológicas.

+ Boletim Semanal Casa Rural - Agricultura de 01/08/2023