Em Nova Andradina, Copasul realiza encontro para falar de sorgo

19, Nov de 2022

“Cultura do sorgo para altas produtividades” foi o tema da palestra proferida pelo consultor André Aguirre para o público reunido no Lions Clube de Nova Andradina na sexta-feira (18). O encontro foi promovido pela Copasul com o intuito de trazer mais esclarecimentos sobre a cultura do sorgo e o papel da cooperativa no atendimento aos cooperados para a próxima safra. A palestra foi seguida de debate em que foram sanadas dúvidas específicas.

Ao público de dezenas de produtores, estudantes e colaboradores, André Aguirre apresentou dados importantes para a cultura do sorgo, principalmente sobre os desafios e as potencialidades da cultura com a qual teve o primeiro contato em 1998. “O sorgo saiu do status de última cultura da lista para uma das mais rentáveis. Isso devido ao estudo muito frequente, avanço em resposta à tecnologia e situações de clima que foram se mostrando favoráveis”, disse.

Os Estados Unidos lideram a lista mundial de produção de sorgo com 11,7 milhões de hectares destinados à cultura, o que representa 20,5% da área mundial. Em nono, o Brasil destina 2,2 milhões de hectares, dos quais 1,8 milhão é para o granífero. “O que é interessante nestes números é que o Brasil apresenta a melhor média de quilos por hectare, mostrando que nosso país tem potencial para a cultura do sorgo”, destacou.

Entre os pontos positivos, segundo Aguirre, o sorgo tem potencial para regular mercado, é uma planta que rebrota no verão, é imune à cigarrinha, resistente a altas temperaturas, tem custo baixo de produção e tem potencial para alimentação humana, além de outros pontos positivos.

“São informações importantes que todos têm que ter acesso. Além disso, como temos uma cultura principal de soja, o sorgo é positivo também no contexto da transição das culturas para contribuir com composição de matéria no solo, qualidade do solo, reposição de determinados nutrientes”, destacou. Além do panorama, o consultor ainda trouxe informações mais técnicas sobre as fases de desenvolvimento e a relação com adubação, herbicidas, “matocompetição”, absorção de NPK, doenças e controle químico.

Após a palestra, o debate com o intuito de tirar dúvidas dos associados mostrou um perfil de produtor preparado para a cultura. Como a cooperativa opera de forma estratégica para dar mais suporte, esta disponibilidade também foi reforçada entre os participantes. 

“Temos uma estrutura disponível e podemos trazer preços competitivos para os nossos associados, como tem ocorrido com comercialização em valores até 88% do valor do milho. Então, este encontro é muito importante para trazer estas posições da cooperativa indo ao encontro dos anseios dos produtores, que optam pela cultura do sorgo diante de dificuldades enfrentadas na produção de milho”, destacou Rafael Dolenkei, gerente corporativo do comercial de grãos da cooperativa.

A Copasul disponibilizará, exclusivamente, os silos de Batayporã e Caiuá, este em Naviraí, para receber a produção de sorgo em 2023. A expectativa de recebimento para o próximo ano é de 700 mil sacas em Batayporã, 300 mil no silos Caiuá, em Naviraí, e mais 1 milhão em recebimento de terceiros. “O que é positivo é que a Copasul é pioneira na disponibilização desta estrutura exclusiva para o sorgo. Temos uma visão que vai contribuir com nossos cooperados diante dos principais desafios da cultura: local de recebimento e preços”, resumiu Dolenkei.